quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dói, não dói?

- 08h00: Tiriririri! Tiririri! Tiririri! (ou qualquer outro barulho irritante que identifiquem como sendo o de um despertador). Atiro o braço para fora da cama e desligo o objecto de tortura auditiva. Descubro um músculo que não sabia existir no braço.

 - 08h15: A cena repete-se. Descubro uma dor nos ombros.

- 08h30: A mesma cena. Dói-me a lombar. Desta vez penso “que se lixe, não vou! Deve estar a chover”.

- 08h45: Não consigo dormir mais. A consciência pesa (e as pernas também). Lembro-me de ter visto que a aula de amanhã tem daqueles nomes que associo a pessoas que gostam de saltar, levantar pesos e conseguem coordenar braços e pernas. Decido levantar-me e ir hoje (afinal, a aula chama-se “coluna saudável”, deve ser uma coisa calma e tranquila.) Descubro que me doem sítios que nem me lembro que existem.

Duche, pequeno-almoço, carro (surpresa! dói imenso carregar na embraiagem!), ginásio.

Subo as escadas. Grupo de velhinhas à porta da sala. “Oh joy! Isto deve ser mesmo calmo e tranquilo”, pensei com os meus atacadores (não tinha botões).

Abre-se a porta da sala. Lá dentro toca o “Elevation”, dos U2, aos gritos. “Hum! Oh diabo! Tu queres ver que isto afinal não é o que estou à espera?”. Meu dito, meu feito.

A instrutora grita ao microfone: “peguem em dois pesos amarelos (cada um pesa 5 quilos) e no elástico!”

A partir daí, foi o descalabro. Amaldiçoei o momento em que decidi sair da cama, ao mesmo tempo que tentava a todo o custo levantar o joelho esquerdo ao mesmo tempo que baixava o braço direito (e vice-versa), que tentava fazer agachamentos com os pesos, que tentava equilibrar-me só numa perna para fazer o avião (uma cena que quando tinha “prái” 15 anos até conseguia fazer) e ainda puxar para a direita (ou não) o elástico colocado debaixo do pé esquerdo. Entre outras coisas que não me lembro.

As velhinhas saltavam, pulavam, levantavam os pesos, com a mesma facilidade com que eu tomo café.

50 minutos depois, já com os alongamentos feitos ao som de “Happy”, do Pharrell Williams, (que lá consegui cantarolar porque felizmente não me doem as cordas vocais), acabou a tortura.

“Ah! Um duche quente! É a única coisa que quero…”, pensei. Desci para os balneários, a coxear.

“Porra, esqueci-me dos chinelos!”. Toca de rumar para casa para o aguardado banho. O que vale é que são 5 minutos de distância.

Amanhã não vou. Está decidido. Até porque tenho um “jantar e dança” combinados e tenciono conseguir mexer mais do que os olhos.

Monday will be another day!

A pergunta que se impõe hoje é simples: alguém tem uma bengala que me empreste? 


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